sábado, 6 de fevereiro de 2010

4 ANINHOS!

Hoje, 06 de fevereiro de 2010, fazem 4 anos que Jade desceu de sua nuvem cor-de-rosa onde brincava com outros anjinhos e presenteou a todos que a conheceram, sobretudo sua mãe, tio e avós com uma visita breve mas extremamente intensa, alegre e cheia de significados.

Não posso dizer que tenha sido uma das pessoas mais próximas a ela, de fato não fui. Mas pude estar com a pequena de olhinhos apertados e cabelos douradas por diversas vezes e rir de suas gracinhas e das corujices dos avós.

Sua partida tão prematura pegou a todos de surpresa e deixou muita dor para os que desfrutaram de sua existência. Após sua partida tenho tido vários sonhos com Jade. Ora ela já é uma mocinha, ora o bebê que conheci... Está sempre sorridente. Às vezes não me aparece sua imagem, ou não lembro, apenas acordo com sua lembrança.

Outro dia tive um desses sonhos que parecem reais apesar da incompatibilidade entre este e o que vivemos na realidade. O cenário era um jardim, lindíssimo! Uma curiosidade desse lugar é que tudo era imenso. As folhas, flores, insetos, eram enormes! Quando criança, o primeiro livro que li foi Alice no País das maravilhas. Por momentos me parecia que eu estava no País das Maravilhas quando Alice toma aquele líquido e fica pequenina. Apesar disso não lembro do sentimento de medo. A sensação era de plena felicidade, suavidade, alegria... Outra curiosidade é que ali tudo parecia deslizar, flutuar, inclusive eu. Uma sensação semelhante à que se sente quando se está em uma piscina.

Pois bem, nesse lugar eu, aparentemente voava, pois não lembro de pisar no solo. Deslizava entre as plantas e flores ao lado de abelhas, borboletas e outros bichinhos coloridos. Entre esses “amigos” que me seguiam (ou será que eu é que os seguia?) havia uma borboleta que se destacava das demais. Era verde-água possuía imensas asas e parecia brilhar. Impressionava-me sua imensa beleza, mas intrigava-me, sobretudo, seu modo de voar: não o fazia como as demais. Batia as asas em movimentos suaves e ritmados como faz uma gaivota. Não demorou para que eu fizesse uma associação entre aquela borboleta e a pequena e saudosa Jade, que nos deixou tão cedo. Vivendo uma espécie de oscilação entre o consciente e o inconsciente desesperei-me por não possuir uma máquina para registrar a borboleta e mostrá-la a Alguém, que certamente adoraria ver onde e como estava sua pequena pedra preciosa, após a partida.

Por muito tempo a segui por entre as flores querendo alcançá-la mas não conseguia me aproximar Ela escondia-se aqui e ali como que num jogo de pique-esconde. De repente eu a vi parada sobre uma pedra com as asas em movimentos suaves. Me dei conta de que não estávamos em um jardim, tratava-se, na verdade do fundo do mar. Mas como uma borboleta no fundo do mar? E eu, como estou respirando? Pensei. Bem, se é o fundo do mar não se trata de uma borboleta, mas sim de uma arraia, por isso as “asas” tão grandes e o movimento das “asas”. Essa deve ter sido a explicação racional que procurei dar para o sonho. Mas os sonhos não são racionais. Aproximei-me devagar me escondendo por entre as plantas e fiquei observando-a, deslumbrada com sua beleza. Cheguei, por fim, à conclusão de tratar-se mesmo de uma borboleta. Não uma borboleta comum, mas uma borboleta especial, capaz de transitar entre seres e mundos tão distintos, sem, contudo, perder seu encanto e sua capacidade de alegrar a todos e a tudo.

Rosalina Moraes

06/02/2010

6 comentários:

  1. Rosa, rosa...
    Se você não fosse rosa,
    flor, por certo seria borboleta!!!
    Muito, muito lindo esse sonho.
    Obrigada por tornar mais bonito esse dia!!!
    De mãos dadas, sempre,
    Sofia

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  2. Rossaaaa, que lindo sonho!!!

    Viajei nas palavras e, com certeza, sonhei também!

    Linda homenagem!

    Ed

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  3. Rosa,
    diante deste lindo sonho, a harmonia de um belo texto... Certamente despertou com um belo sorriso!
    Abraços, Paulinha

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  4. Obrigada professora.
    De mão dadas sempre sempre sempre....

    Beijo
    Rosa

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  5. Desperta um anjo

    Um novo dia vem despertar,
    De sono reconfortante,
    Um anjo delicado e apaixonante,
    Que ouve ao longe um triste pássaro cantar.

    Faz um pedido ao sol que no horizonte está a cintilar:
    Com seus raios flamejantes,
    Leve seu calor confortante,
    Vá, o coração do aflito pássaro aquietar.

    A majestosa aurora que ilumina este dia,
    De tão bela é indescritível,
    Não cabe em prosa ou poesia.

    Tal beleza que a terra irradia,
    É um presente ao anjo valente e sensível,
    Que atendendo a um chamado de Deus, há pouco deixava os seus e ao céu ascendia.

    Rosalina Moraes
    Outono de 2010 – Homenagem à Jade Sofia

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  6. Feliz aniversário Jade!

    Hoje, 06 de fevereiro de 2011, Jade faz 5 aninhos. O céu deve estar em festa! Jade deve estar com os seus fazendo uma divertida ciranda e cantando o "atirei o pau no gato", segundo a vovó, sua canção predileta.

    Parabéns princesinha!!!

    Rosa

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